Governo formaliza repactuação da concessão do aeroporto do Galeão. Novo contrato prevê leilão em 2026 e a saída da Infraero
Silvio Costa Filho, ministro de Portos e Aeroportos, participou hoje (25), da assinatura do termo de autocomposição que redefine o contrato de concessão do aeroporto internacional do Rio de Janeiro.
O ato contou com representantes da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), do Tribunal de Contas da União (TCU), da prefeitura e da concessionária RIOgaleão.
Projeções de crescimento
Segundo Costa Filho, o Galeão é “um ativo do povo brasileiro e parte da história do país”. O ministro destacou que o terminal passou de menos de cinco milhões de passageiros em 2023 para mais de dezoito milhões em 2025, com projeção de alcançar trinta milhões nos próximos três anos.
Estrutura do acordo
O novo contrato estabelece:
- Leilão de venda assistida da concessionária em março de 2026, com lance mínimo de R$ 932 milhões;
- Contribuição variável de 20% sobre o faturamento bruto até 2039;
- Retirada da Infraero, que detém 49% das ações, até março de 2026;
- Exclusão da obrigação de construir uma terceira pista;
- Mecanismo de compensação em caso de restrições no aeroporto Santos Dumont.
Dados operacionais
Entre janeiro e agosto, o Galeão movimentou 66.800 toneladas de cargas, alta de 54% frente ao mesmo período de 2023, consolidando-se como o quarto maior terminal de cargas do país. No mesmo período, mais de 11,2 milhões de passageiros utilizaram o aeroporto, crescimento de quase 25% em relação a 2024.
Integração com o Santos Dumont
Durante a visita ao Rio, Costa Filho também esteve no aeroporto Santos Dumont, onde acompanhou as obras em andamento. O ministro disse que a integração entre os dois terminais é fundamental para o fortalecimento da aviação civil brasileira e para o avanço do turismo.