Segundo estudo do Boston Consulting Group, o tráfego aéreo global deve crescer até 10,2% em 2025
Após registrar alta de 6,5% em 2024, o tráfego aéreo global deve manter ritmo de expansão em 2025, segundo o estudo Air Travel Demand Outlook 2025, divulgado pelo Boston Consulting Group.
A taxa composta de crescimento anual projetada é de 5,6%, impulsionada pelo retorno da demanda internacional, especialmente da China e da Índia, além de investimentos em tecnologias digitais e inteligência artificial aplicadas ao setor aéreo.
“Estamos diante de um setor que soube se reinventar rapidamente, e que agora enfrenta o desafio de crescer com eficiência em um ambiente operacional que ainda é limitado. Há sinais claros de amadurecimento tecnológico e novas oportunidades de receita”, disse Leandro Paez, diretor executivo e sócio do BCG.
Principais desafios
O estudo destaca fatores que podem limitar a expansão da aviação global em 2025:
- Atrasos na entrega de aeronaves e peças, incluindo componentes aerodinâmicos como airfoils.
- Pressões trabalhistas, com reajustes salariais permanentes para tripulações e equipes técnicas.
- Tensões geopolíticas, que afetam rotas aéreas na Europa Oriental e no Oriente Médio.
Cenários possíveis
O relatório apresenta três trajetórias potenciais para a demanda aérea no próximo ano:
- Cenário base: crescimento anual de 5,6%, com plena retomada da demanda chinesa até o fim de 2025.
- Cenário otimista: expansão de até 10,2%, caso ocorram redução nos preços dos combustíveis, normalização da cadeia de suprimentos e melhora do ambiente macroeconômico.
- Cenário de risco: retração de 1,6%, diante de custos elevados, conflitos geopolíticos e atrasos adicionais na produção de aeronaves.
Estratégia para avançar
Independentemente do cenário, o setor aéreo deverá continuar enfrentando limitações de capacidade, com impacto sobre tarifas e planejamento estratégico das companhias. “Será fundamental seguir investindo em tecnologia, reforçar parcerias estratégicas e manter o foco na eficiência. A aviação global caminha para um novo ciclo de crescimento – e quem sair na frente em inovação terá vantagens claras”, concluiu Paez.