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Petrobras traz bons dados de produção e mercado projeta dividendos de US$ 2 bi no 3T

Petrobras traz bons dados de produção e mercado projeta dividendos de US$ 2 bi no 3T

A Petrobras (PETR3;PETR4) divulgou na sexta-feira (24), após o fechamento do mercado, os dados de produção do terceiro trimestre de 2025 (3T25), atingindo novo recorde e trazendo sinalizações sobre o balanço financeiro, a ser divulgado no dia 6 de novembro.

A produção total própria de 3,1 milhões de boe (barris de óleo equivalente)/dia no 3T25, crescimento de 7,6% t/t (trimestralmente) e 16,9% a/a (anualmente), impulsionada principalmente pelo atingimento da capacidade máxima do FPSO Almirante Tamandaré (225 mil bpd, ou barris por dia) no campo de Búzios e pelo ramp-up (desenvolvimento da produção) das unidades Maria Quitéria, Anita Garibaldi, Anna Nery e Alexandre de Gusmão.

No refino, o fator de utilização atingiu 94%, e as vendas internas de derivados cresceram 5,3% t/t, com destaque para o diesel S-10, que representou 68% das vendas totais e atingiu recorde histórico.

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A Genial Investimentos vê os dados de produção como positivos e construtivos para tese da empresa. “Importante mencionar que o guidance de produção para este ano era de 2,9 milhões de barris equivalentes. Sendo assim, a empresa caminha para bater com folga esse guidance de produção até o final de 2025. Acreditamos que esse novo patamar de produção vem em bom momento tendo em vista os preços mais fracos do brent”, avalia.

O JPMorgan destaca que a forte produção confirma o pré-sal como motor de crescimento da Petrobras – alinhado com a tese do banco. O relatório de vendas e produção do 3T25 da Petrobras destacou o forte desempenho upstream (exploração, perfuração e produção de petróleo e gás natural), reforçando a tese de que a produtividade do pré-sal continua sendo o principal impulso da criação de valor.

O aumento da produção de FPSOs (plataforma) de alta capacidade, notadamente Almirante Tamandaré, mais do que compensou os declínios naturais em ativos maduros, comprovando a resiliência estrutural do portfólio principal da Petrobras.

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“Com esse impulso, a empresa agora espera que a produção do ano inteiro atinja o limite superior da orientação, que argumentou que patamares mais longos e taxas de declínio mais baixas surpreenderiam a produção para o lado positivo”, avalia.

A XP ressalta que houve aumento significativo na produção, em linha com suas estimativas.

Após os dados de produção, a XP Investimentos atualizou as informações disponíveis mais recentes e passou a ter uma premissa mais baixa para o Brent, de US$ 65/bbl (barris) a partir do 4T25 (contra US$ 70/bbl anteriormente).

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“Ficamos surpresos com o aumento da produção americana e compartilhamos as preocupações sobre as possíveis implicações macroeconômicas de uma escalada da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo (EUA e China). Por outro lado, estamos menos preocupados com a redução das cotas da OPEP+ como fonte de um ciclo prolongado de queda nos preços do petróleo do que o consenso do mercado parece sugerir”, avaliam Regis Cardoso e João Rodrigues, analistas da XP.

No geral, os analistas continuam mais otimistas do que a maioria dos participantes do mercado, esperando que os preços do Brent permaneçam na faixa de US$ 65-70/bbl — embora reconheçam uma tendência de queda no curto prazo. Assim, decidiram reduzir a previsão para o Brent no modelo da PBR para US$ 65/bbl (de US$ 70/bbl anteriormente).

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Com isso, a equipe de análise introduziu um novo preço-alvo de R$ 37 por ação para o final de 2026 (+24% acima dos preços atuais), ante R$ 47. A recomendação é de compra, apoiada por rendimentos de dividendos atraentes de cerca de 11% em 2026 e 2027.

Com a produção e as vendas em linha com as expectativas, a XP fez apenas pequenos ajustes em suas estimativas. A projeção é de que o EBITDA da Petrobras aumente sequencialmente no 3T25 para cerca de US$ 11,4 bilhões (+11,7% trimestralmete) e o lucro líquido atinja os US$ 4,4 bilhões (-7,2% trimestre a trimestre). Do ponto de vista do fluxo de caixa, prevê um fluxo de caixa ao acionista (FCFE) de cerca de US$ 2,6 bilhões, com dividendos de US$ 2,2 bilhões (rendimento de dividendos de cerca de 3%).

O Itaú BBA vê a Petrobras como destaque na temporada de resultados para o setor. A estatal, na visão dos analistas, reportou um excelente desempenho operacional o que, combinado com preços do petróleo ligeiramente mais altos no trimestre (+2% em relação ao trimestre anterior), corrobora a estimativa de Ebitda de US$ 11,6 bilhões (+13% em relação ao trimestre anterior) e um dividend yield (dividendo em relação ao preço da ação) de 3,1%, ou dividendo ordinário de US$ 2,2 bilhões.

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O Bradesco BBI acredita que a empresa parece estar bem posicionada para entregar um Ebitda acima de US$ 11 bilhões e dividendos em torno de US$ 2 bilhões.



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