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Pequenos negócios puxam geração de empregos; serviços lideram empreendimentos

As micro e pequenas empresas (MPEs) seguem como principais responsáveis pela geração de vagas no Brasil. Segundo um levantamento feito pelo Sebrae, baseado no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), entre janeiro e julho deste ano 853,8 mil contratações foram feitas por pequenos negócios. Só em julho, as MPEs representaram 80% das admissões formais.

“Os pequenos negócios são a força que movimenta o Brasil. São homens e mulheres que enfrentam um mercado que não foi feito para eles. Para o país, isso representa mais geração de empregos e mais inclusão”, afirma o presidente do Sebrae Décio Lima.

A taxa de desocupação no trimestre encerrado em julho caiu para 5,6%, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) divulgada pelo IBGE. O movimento não se restringe às contratações. O empreendedorismo também registra recordes.

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O número de trabalhadores por conta própria chegou a 25,9 milhões, um crescimento de 4,2% em um ano. Segundo o Sebrae, entre janeiro e agosto o país registrou a abertura de 3,5 milhões de empresas, sendo 97% pequenos negócios. O setor de Serviços lidera, concentrando 64% dos novos empreendimentos, seguido pelo Comércio com 21%.

Leia mais: Mercado de trabalho caminha para “lenta” estabilidade, diz economista do FGV/Ibre

Força transformadora

A trajetória de Débora Leidinger, fisioterapeuta e fundadora da Co.Fit Saúde e Bem-estar, em São Paulo, ilustra como esse movimento acontece na prática. Após atuar como assistente administrativa-financeira desde a pandemia, Débora decidiu abrir a própria clínica unindo suas duas paixões: atendimento humano e gestão.

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“A Co.Fit começou em fevereiro deste ano, mas só abriu as portas em setembro. Resolvi empreender porque sempre amei atender pessoas como fisioterapeuta e também administrar. Hoje conto com uma equipe formada por uma funcionária CLT e oito colaboradores PJ”, explica.

Com apenas duas semanas de funcionamento, a Co.Fit já soma 10 clientes pagantes e perspectivas positivas para o primeiro fechamento mensal. O início não foi livre de desafios.

“Já precisei ajustar a equipe, trocar contratos e reorganizar funções. É um desafio diário, porque ainda me divido entre o operacional e a gestão, mas tenho aprendido muito com o apoio de cursos de liderança e do programa Empreender Só Sebrae, que me ajudaram a manter o emocional diante de tantas tarefas inesperadas”, conclui.

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