Após dados fortes de emprego e a Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA para 3,8% terem reduzido as apostas em novos cortes de juros este ano, os investidores voltam as atenções para o Índice de Preços de Gastos com Consumo (PCE, na sigla em inglês) de agosto, marcado para 9h30. O PCE, principal medida de inflação do Federal Reserve, oferece uma leitura detalhada da evolução dos preços ao consumidor.
A agenda americana ainda traz às 11h o índice de confiança do consumidor de setembro, importante para medir a disposição das famílias em gastar, fator que responde por boa parte da economia do país. Entre os compromissos de autoridades do Federal Open Market Committee (Fomc, o comitê de política monetária do Fed), estão falas programadas ao longo do dia. Às 10h, Tom Barkin discursa. Às 14h, é a vez de Michelle Bowman, e às 19h, Raphael Bostic encerra as falas.
No front comercial, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou na véspera novas tarifas sobre produtos farmacêuticos, caminhões pesados, móveis e itens de banheiro e cozinha.
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Por aqui, após o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial, subir 0,48% em setembro, depois da queda de 0,14% em agosto, as atenções se voltam às 8h para a divulgação da confiança da indústria de setembro. O indicador ajuda a medir o humor do setor industrial diante das condições de produção, demanda e custos.
Meia hora depois, às 8h30, saem os dados de transações correntes de agosto, que mostram o saldo das contas externas do país, incluindo exportações, importações, serviços e remessas. Já o diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, participa de evento do Citi, a partir das 11h.
Às 9h30, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne com a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, no Palácio do Planalto. Às 11h, participa da cerimônia “Participação Social e Saúde – Mais avanços do Novo Acordo do Rio Doce”. Às 15h, tem reunião com a ministra das Mulheres, Márcia Lopes.
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Diogo Guillen, diretor de Política Econômica do Banco Central, tem pela manhã dois compromissos fechados à imprensa: às 9h, audiência em São Paulo com Felipe Tavares (economista-chefe), Jose Antonio Dezene (Macro Sales Head) e Carlos Thadeu de Freitas Gomes Filho (economista sênior de inflação), da BCG Liquidez DTVM; e às 14h30, participa da 101ª Reunião Trimestral com Economistas – Grupo 01, também no Banco Central em São Paulo. Entre esses compromissos, às 11h, participa, por videoconferência, de evento organizado pelo Citi, que será transmitido ao público.
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Donald Trump anunciou novas tarifas de 25% a 100% sobre farmacêuticos, caminhões, móveis e itens de banheiro e cozinha, com maior impacto para medicamentos importados, que terão 100% de tarifa, salvo se a empresa estiver construindo uma planta nos EUA. As medidas entram em vigor em 1º de outubro.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a pressionar o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) por cortes de juros, alegando que o país “não enfrenta mais inflação” e tem “ótimos dados econômicos”. Ele citou as tarifas como fator para o PIB do segundo trimestre, que superou projeções, e negou responsabilidade pela queda recente nas bolsas.
Trump anunciou na quinta-feira (25) que chegou a um acordo com a China para manter o TikTok em funcionamento no país, após conversa com Xi Jinping. Segundo ele, investidores norte-americanos assumirão o controle da operação, com a Oracle responsável pela segurança da plataforma e participação de nomes como Michael Dell e Rupert Murdoch. Trump afirmou estar satisfeito com o resultado, que deve gerar impostos ao governo, enquanto o vice-presidente JD Vance estimou a versão americana do aplicativo em US$ 14 bilhões.
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Um grupo de 18 ex-autoridades econômicas, incluindo os ex-presidentes do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) Janet Yellen, Ben Bernanke e Alan Greenspan, pediu à Suprema Corte que rejeite a tentativa de Donald Trump de demitir a diretora Lisa Cook. Eles alertaram que a medida comprometeria a independência do Fed e minaria a confiança pública na instituição.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou a criação de uma delegacia da Receita Federal para combater o crime organizado, formalizando um núcleo já existente no órgão. O anúncio coincidiu com a Operação Spare, que revelou movimentações bilionárias em postos de combustíveis usados para lavagem de dinheiro e baixa arrecadação de tributos.
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, considerou legítimas as críticas ao nível atual da Selic, fixada em 15% ao ano, e agradeceu a postura respeitosa do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em relação à política monetária. Ele também comentou falas do secretário do Tesouro, Rogério Ceron, que classificou os juros como “dolorosos” para as contas públicas, ressaltando que o BC precisa manter sua atuação técnica. Galípolo reforçou que o objetivo é trazer a inflação para a meta, preservando o poder de compra e a renda do trabalhador.
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O presidente Lula (PT) voltou dos Estados Unidos com a missão de reorganizar sua equipe, diante da ameaça de saída de PP e União Brasil do governo. Para evitar o enfraquecimento da base, ssegundo reportagem da Folha de S.Paulo, o petista avalia abrir espaço a partidos como PSD, PDT, PSB e Republicanos, ao mesmo tempo em que negocia a permanência de ministros indicados pelo centrão, como Celso Sabino, André Fufuca e Silvio Costa Filho. Lula também deve nomear Guilherme Boulos (PSOL-SP) para a Secretaria-Geral da Presidência, em um movimento para reforçar laços com a esquerda e ampliar presença nas redes sociais.
A aprovação do governo Lula subiu para 50%, superando a desaprovação de 48%, segundo pesquisa Ipespe. O levantamento ouviu 2.500 pessoas entre 19 e 22 de setembro, com margem de erro de dois pontos percentuais.
O empresário Joesley Batista, da JBS, se reuniu com Donald Trump na Casa Branca para discutir o tarifaço de 50% sobre a carne brasileira e a importação de celulose. O encontro ocorreu semanas antes de o republicano acenar a Lula (PT) na ONU, defendendo aproximação com o Brasil. A JBS não comentou o caso, e a Casa Branca não respondeu.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que a votação da ampliação da isenção do Imposto de Renda, prevista para 1º de outubro, não depende do projeto de redução de penas aos condenados por golpismo. Ele disse que a proposta, que amplia a isenção para quem ganha até R$ 5 mil, está madura e seguirá na pauta independentemente de outras matérias. O relator Paulinho da Força (Solidariedade-SP) havia sugerido que o atraso em sua votação poderia afetar o IR, mas petistas descartam ceder à pressão.
Após a derrota da PEC da Blindagem no Senado, a votação do projeto de Anistia na Câmara deve ser adiada, enquanto líderes tentam construir acordo entre as Casas. O relator Paulinho da Força (Solidariedade-SP) propõe reduzir penas em até 11 anos, mas o PL defende anistia ampla e irrestrita. Deputados afirmam que a pauta só avançará após negociação com partidos e alinhamento com o Senado.
O ex-presidente Jair Bolsonaro pediu a aliados que Eduardo Bolsonaro “feche a boca” e não interfira nas negociações sobre anistia e redução de penas, conforme apuração da Folha de S.Paulo, mas o filho continua atacando o Centrão, o PL e o STF. Eduardo afirma que o pai está sob coação e acusa tentativas de forçá-lo a abrir mão da anistia e apoiar Tarcísio de Freitas em 2026. O deputado também declarou que disputará a Presidência sem aval do pai, criticando duramente ministros e líderes partidários.
O depoimento de Antonio Carlos Antunes, o “Careca do INSS”, à CPI de fraudes em aposentadorias gerou tumulto, com bate-boca entre deputados e advogado e intervenção da segurança do Senado. Antunes negou ser o “Careca do INSS” e se recusou a responder ao relator Alfredo Gaspar, que o acusou de roubo. O caso envolve R$ 53,58 milhões em repasses suspeitos a empresas e servidores ligados ao INSS, segundo investigação da Polícia Federal.
O ministro Luís Roberto Barroso encerrou sua presidência no STF destacando a preservação da democracia e agradecendo o apoio dos colegas. Ele ressaltou o papel da corte em defender a Constituição, mesmo diante de casos complexos e divisivos, e recebeu homenagens de Gilmar Mendes e outros membros. A gestão de Barroso foi marcada pela proteção dos direitos fundamentais e pela condução firme em momentos críticos, como a trama golpista de 2022.
(Com Reuters, Estadão, O Globo e Agência Brasil)
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