O mercado brasileiro segue em um momento de forte otimismo, com o Ibovespa Futuro ultrapassando, pela primeira vez, desconsiderando efeitos de ajustes, a marca simbólica dos 150 mil pontos.
Enquanto isso, o Índice Ibovespa à vista mantém sequência de altas e se aproxima novamente de sua máxima histórica. No pregão desta sexta, o Ibovespa atingiu os 147.239 pontos na máxima.
Já o índice futuro, por meio dos contratos com vencimento em dezembro de 2025, atingiu os 150.095 pontos, pela manhã, mas corrige neste começo de tarde e, por volta das 14h10, operava aos 148.980 pontos.
O estopim da alta desta sexta foi os dados mais fracos do que o esperado no Brasil e nos Estados Unidos relativos à inflação.
Do ponto de vista da análise técnica tanto o Ibovespa Futuro (WINFUT) quanto o índice à vista (IBOV) preservam uma estrutura sólida, sustentada por um fluxo comprador e pelo sentimento positivo dos investidores.
Ibovespa x Ibovespa futuro
O Ibovespa é o principal índice da Bolsa brasileira (B3) e mede o desempenho médio das ações mais negociadas e relevantes do mercado. Ele funciona como termômetro do mercado acionário, refletindo o sentimento dos investidores e servindo como referência (benchmark) para fundos e análises econômicas.
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Quando o índice sobe, indica otimismo e valorização; quando cai, reflete realização ou cautela no mercado.
Já o Ibovespa Futuro é um derivativo negociável na B3, baseado no próprio Ibovespa, que antecipa as expectativas do mercado em relação ao índice à vista. Esses contratos têm vencimento a cada dois meses e são usados tanto para proteção (hedge) quanto para operações especulativas.
“A Cotação do Ibovespa Futuro costuma antecipar os movimentos do Ibovespa à vista, podendo apresentar ágio ou deságio conforme as taxas de juros e expectativas de dividendos.”
Em síntese, o Ibovespa mostra o presente, enquanto o Ibovespa Futuro reflete a aposta do mercado sobre o que vem a seguir.
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O Ibovespa futuro, sobretudo por meio dos minicontratos de índice, cujo contrato vigente atualmente é o WINZ25, é operado por day traders. Na sessão da véspera, o volume de negócios ultrapassou os 4,52 milhões.
Análise técnica Ibovespa (IBOV)
Indo para a análise técnica, o Ibovespa mantém trajetória ascendente e caminha para registrar a terceira alta consecutiva, reforçando o movimento de recuperação iniciado após a correção que levou o índice até o suporte em 140.231 pontos.
Desde então, a força compradora se impôs, levando o ativo novamente à região da resistência próxima à máxima histórica em 147.578 pontos, que representa o topo mais recente do mercado.
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Por volta das 13h20, o índice avançava 0,36%, sendo cotado a 146.249 pontos. O Índice de Força Relativa (IFR 14) marcava 63,44 pontos, em zona neutra, porém próxima da sobrecompra.
A configuração técnica segue sólida, com o preço acima das médias móveis de 9 e 21 períodos, ambas inclinadas positivamente, reforçando a predominância do fluxo altista.
Para que o Ibovespa dê sequência à tendência de alta, será essencial romper as resistências em 147.239 e 147.578 pontos, abrindo espaço para alvos em 148.745, 150.000 e 150.650 pontos — este último considerado um objetivo mais amplo dentro do canal ascendente.
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Já a perda da mínima do dia (145.720 pontos) pode desencadear movimento corretivo, levando o índice a testar suportes em 144.880, 143.395, 141.153, 140.231 e 139.581 pontos.
Confira mais análises:
Análise de médio prazo
Os contratos futuros do Ibovespa (WINFUT) mantêm o ritmo de valorização e, nesta sexta-feira (24/10), registraram um marco histórico ao romper os 150.000 pontos pela primeira vez, atingindo máxima recorde em 150.095 pontos.
Após o rompimento, o contrato apresentou leve correção intradiária, mas o fluxo comprador segue predominante, sustentando o viés positivo. Por volta das 13h20, o WINFUT avançava 0,18%, cotado a 149.055 pontos.
O ativo opera acima das médias móveis de 9 e 21 períodos, ambas com inclinação positiva, enquanto se mantém distante da média de 200 períodos, o que reforça a força da tendência, mas também indica possível necessidade de ajuste técnico no curto prazo. O IFR (14) marca 65,53 pontos, posicionando-se em zona neutra, mas próxima da sobrecompra.
Para retomar o movimento ascendente, o Ibovespa Futuro precisa romper novamente a máxima histórica dos 150.095 pontos, mirando alvos em 150.695, 153.100, 157.000 e 158.940 pontos.
Por outro lado, a perda da mínima do dia (148.450 pontos) pode sinalizar o início de uma correção, com possíveis testes em 146.970, 145.135, 144.080, 140.055 e na média de 200 períodos em 135.880 pontos.

Suportes e Resistências
IBOV (Ibovespa)
Com base na cotação intradiária do dia 24/10, aos 146.288 pontos, o Ibovespa conta com:
Suportes de curto prazo em 145.720 (1), 144.880 (2) e 143.395 (3); e resistências em 147.239 (1), 147.578 (2) e 148.745 (3).
Suportes de médio prazo em 141.153 (1), 140.231 (2) e 139.581 (3); e resistências em 150.000 (1), 150.650 (2) e 152.000 (3).
WINFUT (Ibovespa Futuro)
Com base na cotação intradiária do dia 24/10, aos 149.165 pontos, o Ibovespa Futuro conta com:
Suportes de curto prazo em 148.450 (1), 146.970 (2) e 145.135 (3); e resistências em 150.095 (1), 150.695 (2) e 153.100 (3).
Suportes de médio prazo em 144.080 (1), 140.055 (2) e 135.880 (3); e resistências em 157.000 (1), 158.940 (2) e 160.500 (3).
(Rodrigo Paz é analista técnico)
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