Delta e Aeromexico apresentaram em 10 de outubro uma ação no Tribunal de Apelações do 11º Circuito, em Atlanta, contra a ordem do Departamento de Transportes dos EUA (DOT) que determina o desmembramento de sua joint venture até 1º de janeiro de 2026. Caso não obtenham sucesso, perderão a imunidade antitruste e a autorização legal para coordenar horários e preços de voos entre os Estados Unidos e o México.
A Delta informou que solicitará nos próximos dias uma suspensão temporária da ordem, enquanto o tribunal revisa o caso. A companhia descreveu a petição como “nossa única opção neste momento e, processualmente, o próximo passo para proteger os interesses comerciais da Delta e da Aeromexico, suas redes globais e clientes”.
Segundo a Delta, as duas empresas “são inextricavelmente um só negócio no mercado transfronteiriço, operando em benefício dos consumidores dos EUA”. A empresa alertou que desfazer a joint venture até a data limite seria “operacional e financeiramente oneroso”.
O DOT argumenta que a parceria entre Delta e Aeromexico viola o acordo Open Skies entre os dois países. A pasta questiona as restrições de capacidade impostas pelo México no Aeroporto Benito Juarez, em 2022 e 2023, e o encerramento do serviço de carga no aeroporto em 2023, que obrigou a transferência de voos de carga para o novo Aeroporto Felipe Angeles.
Com Delta e Aeromexico representando quase 60% dos voos entre EUA e México em Benito Juarez, o DOT afirmou que as reduções de voos impostas pelo México causam “prejuízo inaceitável aos consumidores”.

