O ator, dramaturgo, diretor e produtor cultural Luis Guilherme Almeida Reis morreu nesta quarta-feira (24), aos 70 anos, em Brasília. Criador de um dos maiores festivais de teatro do país, o Cena Contemporânea, Guilherme faleceu em decorrência de complicações de saúde, após permanecer internado por vários dias.
Nascido em Goiânia, mudou-se para Brasília na infância e marcou a vida cultural da capital. Guilherme era irmão de Bia Reis, apresentadora da Rádio Nacional, que morreu em 2012. O velório ocorrerá no foyer da Sala Martins Pena do Teatro Nacional, nesta quinta-feira (25), das 12h30 às 15h.
Ex-secretário de Cultura do Distrito Federal, entre 2015 e 2018, ele idealizou a Lei Orgânica da Cultura e fundou o Sistema de Arte e Cultura do DF. Também liderou a reforma de importantes equipamentos públicos da cidade, como o Espaço Cultural Renato Russo e o Centro de Dança de Brasília.
Em entrevista ao programa Arte do Artista, da TV Brasil, em 2015, Guilherme ressaltou a diversidade do teatro brasileiro e a ampliação de sua produção.
“Faz-se teatro de todos os jeitos e em vários lugares do Brasil. Já não é mais possível pensar o teatro brasileiro como o teatro feito no eixo Rio-São Paulo. Isso já é passado”, defendeu.
A presidenta da Funarte, Maria Marighella, lamentou a partida de Guilherme e citou “uma vida dedicada ao teatro, às artes e uma contribuição incontornável à gestão pública da cultura”. O Ministério da Cultura também emitiu nota de pesar e destacou que Guilherme “deixou uma marca indelével na cena artística brasileira”.
“Sua trajetória no teatro e no cinema foi marcada por atuações memoráveis, direções premiadas e um compromisso contínuo com a formação, produção e difusão cultural”, diz a nota.
O secretário de Cultura e Economia Criativa do DF, Claudio Abrantes, afirmou que Guilherme foi “um pilar da cultura brasiliense”.
“Como artista, gestor e visionário, deixou um legado que seguirá inspirando gerações. Sua contribuição para a Lei Orgânica da Cultura e para a consolidação dos nossos espaços culturais é um patrimônio coletivo”, destacou.
Teatro
Amigos e colegas de palco também destacaram o legado de Guilherme e lamentaram a partida. O diretor, dramaturgo e roteirista Sérgio Maggio disse que todos que fazem teatro em Brasília têm “muito de Guilherme em nossas vidas”.
“Não é possível pensar o teatro do DF nos últimos 30 anos sem passar pela sua coragem em manter um festival tão grandioso do qual eu fiz parte de muitas formas”, lembrou.
Jornalista, ator e diretor de teatro, Morillo Carvalho definiu Guilherme como um “visionário”, que presenteou a cidade com um dos maiores festivais do país, o Cena Contemporânea.
“Realizou o Todos os Sons no CCBB com a saudosa Bia Reis, com quem trabalhei na Nacional FM. Consolidou marcos regulatórios importantes quando secretário, como a Lei Orgânica da Cultura. Sempre gentil, sempre inventivo. Desses pilares insubstituíveis da arte da cidade”, afirmou Morillo, que comando o espaço Casa dos Quatro, fundado por Alexandre Ribondi, que partiu em 2023.
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