A American Airlines inicia a modernização da frota de Boeing 777-200, que voa atualmente para São Paulo e para o Rio de Janeiro
A American Airlines anunciou ontem (23), um amplo programa de modernização de seus Boeing 777-200, com o objetivo de ampliar a oferta de assentos premium e otimizar custos de capital.
A iniciativa, apresentada durante a conferência de resultados trimestrais da companhia, prevê retrofit completo das 41 unidades do modelo, com média de 25 anos de operação. Alguns deles fazem voos regulares para os aeroportos internacionais de São Paulo (GRU) e do Rio de Janeiro (GIG).
Cabine premium e novo entretenimento
O retrofit dos 777-200 incluirá aumento de 25% no número de assentos com leito total (lie-flat) e na cabine Premium Economy, além da instalação de um novo sistema de entretenimento individual. Atualmente, a configuração padrão conta com 273 assentos — sendo 37 na Flagship Business, 24 na Premium Economy, 66 na Main Cabin Extra e 146 na Main Cabin.
Segundo a American Airlines, a modernização permitirá estender a vida útil das aeronaves para além da próxima década, representando uma “folga de capital” em relação à substituição da frota. A empresa avalia que a atualização trará retorno financeiro consistente ao longo da operação remanescente do modelo.
Expansão do Flagship Suite
Paralelamente, a American Airlines planeja incorporar a nova Flagship Suite — lançada inicialmente no Boeing 787-9 — aos vinte Boeing 777-300 da frota, elevando em 20% a oferta de assentos premium nessas aeronaves.
A American já confirmou que os novos Airbus A321XLR também contarão com uma versão de corredor único do mesmo conceito. O voo inaugural do modelo está previsto para 13 de dezembro, entre Nova York (JFK) e Los Angeles.
No terceiro trimestre, a receita por unidade de assento da classe premium superou em cinco pontos percentuais o desempenho da cabine econômica, enquanto a taxa de ocupação paga chegou a 80% — avanço de dois pontos em relação ao mesmo período de 2024.
Resultados financeiros
No terceiro trimestre de 2025, a American reportou receita de US$ 14,4 bilhões (R$ 77,3 bilhões), ligeiro aumento de 0,4% em relação ao ano anterior. As despesas operacionais cresceram 2,4%, totalizando US$ 13,2 bilhões (R$ 70,8 bilhões), resultando em lucro líquido de US$ 599 milhões (R$ 3,21 bilhões).

