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A ONU precisa ser administrada como um negócio? CEO de gigante sueca é candidato

A ONU precisa ser administrada como um negócio? CEO de gigante sueca é candidato

Ele trouxe ao mundo as prateleiras Kallex e as poltronas Poang, mas o CEO da gigante de móveis e decoração sueca Ikea, Jesper Brodin, que está de saída do cargo, pode ajudar a organizar a maior organização de refugiados do mundo?

Brodin pode ter a chance, já que o governo sueco o anunciou como seu candidato a se tornar o novo chefe do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) na última segunda-feira. Se for selecionado, a mudança de carreira de Brodin destacaria uma trajetória excepcionalmente rara entre os CEOs globais: ir do mundo dos negócios para uma organização internacional multilateral.

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Segundo o Acnur, o objetivo da organização é protege pessoas forçadas a fugir de seus países, fornecer ajuda de emergência em crises e ajudar pessoas deslocadas a encontrar um lugar para chamar de lar.

Enquanto alguns empresários, como Donald Trump nos EUA ou Silvio Berlusconi na Itália, entraram na política nacional, praticamente nenhum fez a transição para liderar uma grande instituição das Nações Unidas.

Os cargos da ONU são mais tipicamente reservados para diplomatas de carreira e políticos, enquanto líderes do setor privado estiveram em grande parte ausentes na liderança da ONU.

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Alexander De Croo, o novo chefe designado do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, talvez seja o que mais se aproxima. Ele começou sua carreira no Boston Consulting Group e permaneceu lá por vários anos, antes de entrar para a política belga, como seu pai antes dele, e se tornar primeiro-ministro. Sua esposa ainda é sócia da empresa de consultoria.

“Fiquei surpreso ao receber a indicação. Não era algo que eu tinha planejado”, disse Brodin à Fortune em uma entrevista por Zoom após a notícia ser divulgada. “Mas com minha experiência global liderando a Ikea em mais de 40 países, acredito que posso trazer experiência e liderança valiosas para a ONU.”

A experiência de Brodin no setor privado também foi uma razão fundamental pela qual o governo sueco o nomeou. “O sistema da ONU seria fortalecido por uma pessoa com experiência em negócios, especialmente dados os grandes desafios que a ONU enfrenta agora”, disse o Ministério das Relações Exteriores sueco em um comunicado endossando o veterano da Ikea.

Por mais rara que seja, a escolha é consistente com a missão declarada de Brodin na Ikea, que era “criar um melhor dia a dia para a maioria das pessoas.”

Sob o comando de Brodin, a Ikea participou de vários projetos da ONU e do Acnur globalmente. Isso inclui um programa de treinamento e capacitação da Ikea para refugiados, que até o momento alcançou mais de 3.700 pessoas, e o braço de varejo da Ikea fornecendo oportunidades de emprego direto para refugiados da Síria e, mais recentemente, da Ucrânia, disse Brodin. Ele deixará o cargo de CEO da empresa em novembro.

O secretário-geral da ONU decidirá o novo chefe do Acnur até o final do ano, após enviar o nome escolhido aos Estados-Membros para confirmação.

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No final, se Brodin for confirmado, pode muito bem ser porque uma abordagem racional de negócios é simplesmente do que a ONU precisa neste momento.

A organização está em crise e enfrentando uma escassez de recursos, exacerbada pelos cortes de financiamento da administração Trump.

Nessa perspectiva, o histórico de Brodin de economizar em custos e recursos na Ikea pode ser o verdadeiro diferencial se ele for nomeado.

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