A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em Belém entre 1º e 12 de novembro, terá dois dias dedicados ao turismo com foco em sustentabilidade, baixo carbono e resiliência climática. A iniciativa é inédita e busca mostrar como o setor pode contribuir para a ação climática global, além de ser fonte de desenvolvimento econômico.
“Queremos que o turismo seja parte da solução, e não apenas um setor impactado pelas mudanças climáticas”, disse Celso Sabino, ministro do Turismo do Brasil. Segundo ele, o país pretende apresentar práticas de turismo regenerativo e proteção da biodiversidade, especialmente na Amazônia
As chamadas Jornadas Temáticas do Turismo, nos dias 19 e 20, vão reunir governos, organizações internacionais, setor privado, academia e sociedade civil. Entre os principais temas estão:
- Energia limpa e práticas sustentáveis no turismo;
- Preservação da biodiversidade e ecossistemas;
- Sistemas alimentares sustentáveis;
- Financiamento de projetos verdes;
- Desenvolvimento humano e inclusão social;
- Economia circular, com redução de resíduos e consumo de recursos.
O evento incluirá painéis técnicos, discussões de alto nível e sessões online, buscando apresentar soluções práticas e mensuráveis para destinos turísticos.
Como país anfitrião, o Brasil apresentará seu Plano Climático Nacional para o Turismo, que integra metas de redução de emissões, turismo regenerativo e apoio a comunidades locais.
“O sucesso do turismo no Brasil depende da preservação de rios, florestas e comunidades. Preservar é uma questão de desenvolvimento econômico e social”, afirmou Sabino.
A COP30 também dará continuidade à Declaração de Glasgow sobre Ação Climática no Turismo, lançada em 2021, com metas baseadas na ciência para emissões líquidas zero e resiliência climática.
Impacto Global
O setor turístico é tradicionalmente visto como vulnerável às mudanças climáticas, mas especialistas destacam que ele também pode ser motor de soluções. Estudos recentes apontam que práticas de baixo carbono e turismo regenerativo podem gerar emprego, fortalecer economias locais e reduzir impactos ambientais.
Com o mundo atento à Amazônia, a COP30 será uma oportunidade para alinhar turismo e sustentabilidade, demonstrando que viagens podem ser compatíveis com preservação ambiental e desenvolvimento social.
“Esta conferência não é apenas sobre política climática, é sobre preparar o setor turístico para um futuro sustentável”, disse Sabino.

